Simpatia e improvisos de Diego Figueiredo e Chico Oliveira alegram o SARAH

O violonista, guitarrista e compositor Diego Figueiredo e seu convidado, o trompetista e arranjador Chico Oliveira, apresentaram-se no Teatro SARAH Brasília, na tarde do dia 5 de dezembro de 2023, exclusivamente para pacientes, acompanhantes e colaboradores da Rede.

Veterano de apresentações à comunidade SARAH, Diego é uma das grandes revelações da música instrumental brasileira, com uma carreira internacional ascendente e premiada. Chico Oliveira, maestro da Big Band Metalmanera, foi membro do Sexteto do Jô Soares, na TV Globo, por 18 anos.

Ambos deram ao espetáculo um tom bem-humorado e informal, conversando com a plateia, contando casos divertidos de suas carreiras e tocando de improviso com uma desenvoltura que evidenciava o entrosamento e o talento de ambos.

Diego explicou detalhes sobre as técnicas do violão clássico e do improviso no jazz.

“Tem uma técnica clássica que eu uso, o tremolo, que quando eu faço ela usando três dedos e faço o harpejo junto, com o polegar, se vocês fecharem os olhos, vão ouvir o som de dois violões”, disse Diego, antes de tocar “Ave Maria”, de Bach, e “Índia”, de Roberto Carlos, com essa técnica. “Eu tenho um show chamado ‘A Arte da Improvisação’, porque a vida é uma improvisação. Tudo que você planeja, de repente não é mais aquilo, tanto na vida quanto na música.”

Chico concordou. “A gente nunca parou pra ensaiar. Nada. A gente nunca montou um repertório ou um roteiro. Não. A coisa sai e flui do jeito que sai. Com erro, com acerto, bonito, feio, mas é do coração, é espontâneo. Eu acho que é isso que vale: quando você começa a ensaiar você fica engessado”, disse o trompetista.

O trompetista declarou-se emocionado de tocar no SARAH. “Quando o Diego me convidou, eu vim correndo, com o maior prazer”, disse.

Celso Fernandes Leite, que está fazendo reabilitação no SARAH Brasília após cirurgia ortopédica, foi um dos pacientes que apreciaram bastante a matinê musical.

“Achei muito bom. Dá aquela lavada na alma, porque a pessoa deixa de pensar só na parte de saúde. Dá um pouco uma clareada na mente, na alma”, disse o comerciante de Unaí, Minas Gerais.

Falando após o espetáculo, Diego disse o quanto estava satisfeito de participar do projeto Arte e Reabilitação da Rede SARAH.

“Como é minha terceira vez aqui, é sempre uma alegria participar de projetos como esse, dessa beleza de poder trazer um pouco de música pra quem está enfermo”, disse Diego. “Sentir essa troca de energia, ver que eles realmente melhoram com a música. Há uma reciprocidade ali, quando a gente lida com pessoas, existe uma conexão.”

Segundo Chico, essa tarde marcou sua vida.

“Estou emocionado. As pessoas, nas laterais do teatro, em cadeiras de rodas e nas macas, cantando, aplaudindo. Isso renova a gente. É uma injeção de ânimo”, disse ele. “Minha carreira é longa. Estou com 70 anos: eu nunca tive uma satisfação tão grande na minha vida quanto hoje.”

 

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