Tarde acústica anima o SARAH

Em 25 de outubro, o Teatro SARAH ficou repleto pelos ritmos clássicos do jazz, choro, bossa nova e valsa em seu palco, com Jaime Ernest Dias e seu quinteto instrumental. Parte do trabalho autoral de Jaime, a iniciativa é composta por amigos do artista, contando com Renato Vasconcellos no piano, Igor Diniz no contrabaixo, Sérgio Morais na flauta e Erivélton Silva na bateria e, em uma improvisação impressionante, encantaram a todos os presentes com uma tarde acústica animada e suave.

O show iniciou-se com todos os artistas performando juntos "Baião da Deda", uma música autoral de Jaime, a qual fez em homenagem à irmã. O musicista explicou, ao longo da apresentação, que algumas de suas composições costumam ser feitas em alusão a algum familiar, como "Babi", "Cecília" e "Sonho", canções feitas para os filhos do artista e que também foram tocadas pelo quinteto na apresentação.

As músicas apresentavam uma alternância de ritmos entre jazz, choro, bossa nova e valsa, com solos instrumentais de cada integrante em certos momentos da música. Além disso, em algumas ocasiões, os acordes eram tocados bem baixo, de forma leve e serena, e aumentavam seu tom gradativamente, trazendo um ritmo animado e exultante à plateia do Teatro SARAH. Assim foi também com a música "Fogo do Cerrado", autoria de Jaime.

A apresentação ainda contou a representação de "Suíte Brasília: Temas 1 e 2", composições do pianista do quinteto, Renato Vasconcellos. Jaime contou que a gravação dessas músicas ocorreu em Belo Horizonte, na década de 80, para a discografia "Suíte Brasília" do grupo musical que o violonista e o pianista participaram na época, o "Instrumental e tal". A gravação chegou até mesmo a ocupar o primeiro lugar na rádio nacional.

Antes do encerramento, Jaime, Igor e Erivélton proporcionaram ao público um momento de improvisação tocado entre os três. Por fim, Renato e Sérgio retornaram ao palco para o encerramento da apresentação do quinteto com "S.Q. Samba", também composição do musicista.

O paciente do SARAH Brasília, Edivar dos Santos, 35 anos, relatou sua experiência. "Eu gostei muito do show. A sincronia deles é muito boa. São profissionais de extrema excelência e que alegraram meu dia", disse o empreendedor que assistiu pela primeira vez uma apresentação do programa Arte e Reabilitação.

Ao fim da apresentação, os artistas receberam flores como forma de gratidão pela sua apresentação ao SARAH Brasília, e agradeceram a toda equipe do hospital, que conduziu e planejou a apresentação.

Para a equipe do SARAH, Jaime, que já tocou algumas vezes na área de internação do hospital, comentou sua história com Brasília e como esse show é uma comemoração dos 50 anos que está na capital. "Sempre me emociono muito. Essa iniciativa de usar o teatro, ocupá-lo, e passar para os pacientes, que é comprovado que ajuda na recuperação, é sensacional."

Sérgio também descreveu o impacto da música no cotidiano: "A música sempre traz essa mensagem de alento, de esperança. E a gente consegue passar essa energia para eles e eles para gente. Acredito que ela seja um remédio também".

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