Queda na vacinação pode trazer pólio de volta

O portal de notícias Metrópoles alertou que a queda na cobertura vacinal pode trazer a poliomielite, causadora da paralisia infantil, de volta ao Brasil, destacando a história de três pacientes tratados de sequelas dessa doença no SARAH Brasília.

Segundo o Metrópoles, o fim dessa epidemia no país, ao final da década de 1980, resultou de esforços coletivos, medidas de vigilância epidemiológica e campanhas de vacinação, inclusive a criação, em 1986, do personagem Zé Gotinha, para convencer pais e crianças a aderirem à imunização, relatou o Metrópoles.

Desde 2016, no entanto, a queda na cobertura vacinal contra a doença para 77,2% das crianças com menos de cinco anos, bem abaixo do mínimo ideal de 95%, levou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a classificar o Brasil, em 2021, como área de risco para a reintrodução do póliovírus, ressaltou a reportagem.

A Rede SARAH cuida das vítimas da paralisia infantil – O Metrópoles destacou que todos os anos a Rede SARAH de Hospitais de Reabilitação trata em média 7 mil pacientes afetados pela poliomielite na infância. Dra. Lúcia Willadino Braga, neurocientista e presidente da Rede, explicou que esse trabalho é multidisciplinar e consiste no manejo da dor, na atualização das órteses, no fortalecimento muscular e no acompanhamento psicológico.

“São pacientes que apresentam muitas complicações ao longo da vida: terão de tratar as consequências da paralisia infantil até os 50, 60, 70 anos”, afirmou ela.

Em vídeo que acompanha a matéria, Dr. Álvaro Massao Nomura, ortopedista e vice-presidente da Rede, explicou a evolução do tratamento dos sintomas dessa doença incurável, desde os primórdios, quando ainda era pouco estudada, até hoje, quando o foco é estimular a capacidade e a autonomia do paciente, mantendo seu conforto.

Três histórias da paralisia infantil cruzam-se no SARAH – O Metrópoles relatou a história de três vítimas da pólio que, apesar de não se conhecerem, têm em comum sua passagem pela Rede SARAH para tratamento.

A psicóloga gaúcha Celina Maria Schmitt Rosa Lamb pegou a doença aos seis meses de idade, em 1954, um ano antes da chegada da vacina contra a doença ao Brasil.

A nutricionista Giullyane Lemes Bittencourt, que é colaboradora no SARAH Brasília, foi uma das que apresentou a forma mais grave da doença, diagnosticada quando tinha 11 meses de idade, mesmo tendo tomado duas das três doses da vacina.

O servidor público mineiro Mário Sérgio Rodrigues Ananias foi diagnosticado com paralisia infantil aos seis meses de idade. A reportagem destacou que ele dedica parte do seu tempo a ações de conscientização sobre a paralisia infantil, e, em 2023, lançou o livro “Sobre Viver com Pólio”, em que conta sua trajetória com a doença.

Leia mais sobre Celine, Giullyane e Mário  e sobre o risco da volta da pólio ao Brasil  na reportagem da jornalista Bethânia Nunes, publicada em 3 de dezembro de 2023, no portal do Metrópoles.

 

 

 

 

 

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